
Nesse momento incerto que todos estamos vivendo, o sentimento que mais vai impactar a população é o da Ansiedade, que se estende para os sentimentos de angústia e depois de medo.
Quando o cérebro recebe uma informação de perigo ele busca recursos para lidar com as possibilidades de risco que pode vir a sofrer. A ansiedade nada mais é do que preocupação intensa, excessiva e persistente e medo de situações cotidianas. Podem ocorrer frequência cardíaca elevada, respiração rápida, sudorese e sensação de cansaço.
Em relação ao COVID- 19, a preocupação intensa com o que pode acontecer a si mesmo e a seus familiares gera pensamentos constantes de alerta, possibilitando o surgimento de comportamentos físicos.
Nesse momento, o melhor a se fazer é viver um dia de cada vez! Buscando fontes seguras de informação ao invés de sensacionalistas, estipular horários específicos do dia para se informar e não durante todo o dia. Filtrar as informações que você e sua família recebe, auxilia na conscientização de que nosso país está tomando as devidas medidas de prevenção.
Com as crianças de 03 a 10 anos - usar figuras de linguagem, o lúdico o eufemismo... conto de fadas, super heróis, exemplo - história do cascão que lavou a mão pode auxiliar nisso.
Não podemos mentir! A criança precisa fazer parte do processo, se sentir importante por estar ajudando o Brasil e o mundo... ele também é um super herói!
Podemos ter uma distorção na afetividade das crianças, devido ao afastamento social! Portanto, as chamadas de vídeos com as pessoas de sua convivência é muito importante para que eles não percam esse laço afetivo!
Os pais podem trabalhar a afetividade por meio de atividades recreativas e pedagógicas, auxiliando no processo de aprendizagem dos filhos nessa fase! Eles serão os mediadores do conhecimento.
As crianças quando ficam ansiosas podem apresentar irritabilidade, pesadelos, choro, questionamentos etc. É extremamente importante que os pais se mantenham calmos para explicar o que está acontecendo e também passar a segurança que eles precisam. Adotem um posicionamento equilibrado, vocês são referências para os seus filhos. Desconstruam pensamentos negativos! Perguntem-se: Eu estou bem? Minha família está bem? Com essas informações que eu vou trabalhar hoje!!!
Autistas: estabelecer uma nova rotina, avisar com antecedência as alterações de rotina e procedimentos. Tabela com desenhos e horários dos seus novos afazeres no lar, seja pedagógico ou recreativo e até mesmo no auxílio das tarefas de casa.
Adolescentes: apesar deles usarem mecanismos de defesa para lidar com a responsabilidade, mantenham um diálogo afetivo e esclarecedor. Eles também fazem parte do processo, sabemos que os colegas são uma extensão da família e o afastamento social pra eles é muito intenso, portanto abusem das chamadas de vídeo.
Utilizem a tecnologia como ela realmente deveria ser utilizada, para aproximar quem está distante!
Por Camila Simões
Orientadora Educacional